.
cabe a cada um muito mais que pensa
o vulgo vulgar.
cada um que se conhece
pois que se compre
e dessa maneira a gente faz um mundo melhor.
cabe o que se faz
o que se diz
e o que se paga
só não cabe o do outro lado do espelho
na frente de cada um.
aposto, cada um gostaria
de ter um outro ao lado bem agora.
embora poucas vezes um outro
gostaria de ter o cada um ao lado.
lance de dados viciados
é quando há feliz coincidência.
aí, assim deveria ser
perderia-se a decência hipócrita
a doença dos bons costumes
e foderia-se. foderiam-se.
trepariam-se entre si os que quisessem
e assim seria.
mas não é.
uns dizem foda-se.
outros fodem-se.
outros fazem amor.
mas todos; e eu digo todos
gozam.
o gozo. o seu, meu, o do bozo.
todo gozo é igual.
só muda o dono. e as células sensoriais.
os casais.
não se engravida de um dedo.
não, ana maria, não.
pois bem, então sorria.
segure forte a minha mão.
isso. forte.
assim...
Vitório Vilas
Thursday, December 13, 2007
Thursday, December 06, 2007
a carta de amor que nunca entreguei
.
queria poder dizer
"me encontre em hora x, dia tal"
coisa assim, coisa e tal
levaria uma caixa de chocolates
diets, pois sei o quão tememosa é você
com açúcares e seus dentes.
dentes que compoem sorriso-poesia
alegria de qualquer uma de minhas manhãs
acordadas ao teu lado.
queria poder dizer "me espera na janela"
bem na hora do mais belo pôr-do-sol
e te levar flores arrancadas na hora
só pra depois ir embora
deixando um rastro de saudade à tua frente.
queria teu abraço eterno
tua paciência pequena
inquietude plena
tuas brigas amenas
teu colo nervoso...
queria morar na tua cidade.
ser teu vizinho de cima.
queria te inventar minhas verdades.
vitimado por tua manobra-prima
adormecer... queria.
cantarolar em teus curtos cabelos
que curto demais teu cafuné.
"que tal um café?"
o teu olhar, o maior dos teus zelos...
queria, sem querer
que essas palavras chegassem aos teus ouvidos
mas você não sabe esse endereço
tão bem quanto sei o teu.
que pena.
que pena.
Vitório Vilas
queria poder dizer
"me encontre em hora x, dia tal"
coisa assim, coisa e tal
levaria uma caixa de chocolates
diets, pois sei o quão tememosa é você
com açúcares e seus dentes.
dentes que compoem sorriso-poesia
alegria de qualquer uma de minhas manhãs
acordadas ao teu lado.
queria poder dizer "me espera na janela"
bem na hora do mais belo pôr-do-sol
e te levar flores arrancadas na hora
só pra depois ir embora
deixando um rastro de saudade à tua frente.
queria teu abraço eterno
tua paciência pequena
inquietude plena
tuas brigas amenas
teu colo nervoso...
queria morar na tua cidade.
ser teu vizinho de cima.
queria te inventar minhas verdades.
vitimado por tua manobra-prima
adormecer... queria.
cantarolar em teus curtos cabelos
que curto demais teu cafuné.
"que tal um café?"
o teu olhar, o maior dos teus zelos...
queria, sem querer
que essas palavras chegassem aos teus ouvidos
mas você não sabe esse endereço
tão bem quanto sei o teu.
que pena.
que pena.
Vitório Vilas
Friday, November 30, 2007
.
eu invento coisas. coisas que existem.
mas não copio ninguém. não, isso não.
isso eu deixo pra os espertos.
eu invento é coisa que exise.
por exemplo...
tempo atrás inventei que eu fotografo.
desde então tenho inventado umas fotos.
uns ângulos. perspectivas.
acho que a perspectiva é uma invenção
(e quem a inventou é um gênio.
tem umas coisas que eu gostaria de ter inventado
a percepção é uma delas. ah, e o youtube também)
i
n
vento
e
n
t
o que eu quiser.
a hora que quiser.
sabe como é?
centenas de milhares
os mais variados tipos
impossíveis de conceber
seletas.
além. aquém. incompleta
s
minhas.
Vitório Vilas
eu invento coisas. coisas que existem.
mas não copio ninguém. não, isso não.
isso eu deixo pra os espertos.
eu invento é coisa que exise.
por exemplo...
tempo atrás inventei que eu fotografo.
desde então tenho inventado umas fotos.
uns ângulos. perspectivas.
acho que a perspectiva é uma invenção
(e quem a inventou é um gênio.
tem umas coisas que eu gostaria de ter inventado
a percepção é uma delas. ah, e o youtube também)
i
n
vento
e
n
t
o que eu quiser.
a hora que quiser.
sabe como é?
centenas de milhares
os mais variados tipos
impossíveis de conceber
seletas.
além. aquém. incompleta
s
minhas.
Vitório Vilas
telEUfonema
.
é. eu falo mesmo comigo.
qual o problema?
algum problema se de vez
em quando, quando me sinto só
eu falo sozinho?
nem é tão difícil assim.
falo dos mais variados assuntos
mas só dos que eu gosto...
é que não tem graça falar comigo
sobre assuntos que não gosto.
às vezes, durante severas emergências
eu grito "socorro" pra mim mesmo.
foda é quando eu não me ajudo
só pra ver alguém se ferrar na estória
vai dizer que você nunca fez isso na vida...?
é. vai dizer?
ei.
...
...
ô.
...
tô falando com você, ô idiota.
é. você, olhando pra mim. surdo?
alô, você dos espelho.
pensou que eu estava falando com quem?
Vitório Vilas
é. eu falo mesmo comigo.
qual o problema?
algum problema se de vez
em quando, quando me sinto só
eu falo sozinho?
nem é tão difícil assim.
falo dos mais variados assuntos
mas só dos que eu gosto...
é que não tem graça falar comigo
sobre assuntos que não gosto.
às vezes, durante severas emergências
eu grito "socorro" pra mim mesmo.
foda é quando eu não me ajudo
só pra ver alguém se ferrar na estória
vai dizer que você nunca fez isso na vida...?
é. vai dizer?
ei.
...
...
ô.
...
tô falando com você, ô idiota.
é. você, olhando pra mim. surdo?
alô, você dos espelho.
pensou que eu estava falando com quem?
Vitório Vilas
Thursday, October 18, 2007
bom dia
.
e aí deu vontade de novo
do velho novo mais do mesmo
só pra constar
só pra postar
pra não perder o hábito
de falar sozinho pra ninguém
além de você.
como é que foi seu dia?
o meu?
amanheceu de novo e sequer terminou.
acontece... acontece...
Vitório Vilas
e aí deu vontade de novo
do velho novo mais do mesmo
só pra constar
só pra postar
pra não perder o hábito
de falar sozinho pra ninguém
além de você.
como é que foi seu dia?
o meu?
amanheceu de novo e sequer terminou.
acontece... acontece...
Vitório Vilas
do(i)s ocupados
.
café com pão e queijo
e o beijo, cadê?
pegou o elevador
ah, que dor-de-sejo
e o medo de ser
cadê? passou.
foi-se embora
e agora? só à noite.
açoite. na cara.
que tara é essa por rimas cults?
que tara é essa por primas cuteS?
oBra essa... que tara. que cara.
que mara-maravilha. que maravi-ri-lha.
só à noite.
noite.
"então, que tal?" - disse a mão
-pensou o pau-
tentou o seio
acertou em cheio o vão do ar
vão dormir sem se falar
amanhã, manhã, quem sabe o beijo
antes do pão, escova e o queijo.
Vitório Vilas
café com pão e queijo
e o beijo, cadê?
pegou o elevador
ah, que dor-de-sejo
e o medo de ser
cadê? passou.
foi-se embora
e agora? só à noite.
açoite. na cara.
que tara é essa por rimas cults?
que tara é essa por primas cuteS?
oBra essa... que tara. que cara.
que mara-maravilha. que maravi-ri-lha.
só à noite.
noite.
"então, que tal?" - disse a mão
-pensou o pau-
tentou o seio
acertou em cheio o vão do ar
vão dormir sem se falar
amanhã, manhã, quem sabe o beijo
antes do pão, escova e o queijo.
Vitório Vilas
Tuesday, October 02, 2007
snh
.
há o que dizer, sim
só não se sabe como
há quem ame a mim, sim
só não se sabe o dono
de tamanho amor
anônimo, envergonhado
tal qual eu
nunca teve coragem de assumir
suas próprias palavras
(no meu caso, é que às vezes minto)
01:04, o telefone não vai mais tocar
vá dormir, ser deveras burro
de que adianta esperar?
medo dos sonhos que parecem murros?
receio de não conseguir transpor muros
cercas e o ar?
não consegue mais voar, não é verdade?
anda na própria cidade e não consegue
mais encontrar sua casa
tudo mudou e continua tão igual
que do certo só resta mesmo o gozo
ê, maldito dia chuvoso
quem mandou molha-la tanto assim?
não suporto vê-la em tal estado
se não for só por mim
minhas mãos te pedem tanto
quanto te temem as coxas
duas bocas roxas cujo tempo separou
enfim tocam-se...
é quando toca o despertador.
sigo o dia inteiro insone
e imune a sonhos diurnos.
vitório vilas
há o que dizer, sim
só não se sabe como
há quem ame a mim, sim
só não se sabe o dono
de tamanho amor
anônimo, envergonhado
tal qual eu
nunca teve coragem de assumir
suas próprias palavras
(no meu caso, é que às vezes minto)
01:04, o telefone não vai mais tocar
vá dormir, ser deveras burro
de que adianta esperar?
medo dos sonhos que parecem murros?
receio de não conseguir transpor muros
cercas e o ar?
não consegue mais voar, não é verdade?
anda na própria cidade e não consegue
mais encontrar sua casa
tudo mudou e continua tão igual
que do certo só resta mesmo o gozo
ê, maldito dia chuvoso
quem mandou molha-la tanto assim?
não suporto vê-la em tal estado
se não for só por mim
minhas mãos te pedem tanto
quanto te temem as coxas
duas bocas roxas cujo tempo separou
enfim tocam-se...
é quando toca o despertador.
sigo o dia inteiro insone
e imune a sonhos diurnos.
vitório vilas
Friday, September 28, 2007
papel
.
sandálias de papel em dia de chuva
é o que você, confiante, agora calça
e ainda acha que nada te ameaça...
tente apenas ver em que direção
o vento forte insiste e agora sopra
e em que ponto a luz dobra...
e faz tudo em círculos girar
não há espaço pra você
não vê?
não vê.
que azar, são várias poças
e os pingos não findam
brindam e então caem
como as moças
não veja. não vê?
de que lado estou?
em baixo, bem rente
ao solado dos teus pés
pula, dá voadora
entra de sola com os dois pés
a chuva te aguarda, vai
pode confiar em mim.
vitório vilas
sandálias de papel em dia de chuva
é o que você, confiante, agora calça
e ainda acha que nada te ameaça...
tente apenas ver em que direção
o vento forte insiste e agora sopra
e em que ponto a luz dobra...
e faz tudo em círculos girar
não há espaço pra você
não vê?
não vê.
que azar, são várias poças
e os pingos não findam
brindam e então caem
como as moças
não veja. não vê?
de que lado estou?
em baixo, bem rente
ao solado dos teus pés
pula, dá voadora
entra de sola com os dois pés
a chuva te aguarda, vai
pode confiar em mim.
vitório vilas
Wednesday, September 19, 2007
parabéns.
.
uma tarde apenas
é o que peço pra fazer
valer a pena
uma existência regada
a gotas de você.
um atar de cenas
demais até pra esquecer
a dor pequena
d'uma não-vida marcada
a longas secas de você
dos caracóis amarelos
quero apenas a casa
o abrigo dos milhares
de fios em minhas mãos.
puxa. puxo.
puxa vida. faz tanto tempo.
e ontem faz hoje, agorinha
parecer ser.
Vitório Vilas
uma tarde apenas
é o que peço pra fazer
valer a pena
uma existência regada
a gotas de você.
um atar de cenas
demais até pra esquecer
a dor pequena
d'uma não-vida marcada
a longas secas de você
dos caracóis amarelos
quero apenas a casa
o abrigo dos milhares
de fios em minhas mãos.
puxa. puxo.
puxa vida. faz tanto tempo.
e ontem faz hoje, agorinha
parecer ser.
Vitório Vilas
Wednesday, September 12, 2007
Sunday, August 12, 2007
dos males, o menor
.
e se de repente o cara, que não tinha a menor intenção e nem vontade, vai lá e, mesmo assim, faz? o que é que pensariam se ele, que nunca sequer pareceu esse tipo de pessoa, nunca antes dera motivos para que nem mesmo suspeitassem que ele seria capaz de tal coisa; se ele ao menos tencionasse o ato, o que será que repetiriam os alaridos? se as coisas das quais ele fosse capaz e essas sabidas por todos nunca tivessem sido indícios, agravantes... infelicidade do destino, talvez, mas o que importa é que ele fez. e então, qual das pedras você atiraria?
fica difícil responder sem saber do que se trata, é bem verdade, mas infelizmente não posso contar o que sei. digo apenas que é algo tão feio, tão podre e desumano que você não quereria saber quem o cometeu.
eu sei os dois. quem fez e o que fez. mas sofre bem mais que eu ele, que sabe, além de si e de seus atos, de suas razões.
isso me basta para viver feliz.
Vitório Vilas
e se de repente o cara, que não tinha a menor intenção e nem vontade, vai lá e, mesmo assim, faz? o que é que pensariam se ele, que nunca sequer pareceu esse tipo de pessoa, nunca antes dera motivos para que nem mesmo suspeitassem que ele seria capaz de tal coisa; se ele ao menos tencionasse o ato, o que será que repetiriam os alaridos? se as coisas das quais ele fosse capaz e essas sabidas por todos nunca tivessem sido indícios, agravantes... infelicidade do destino, talvez, mas o que importa é que ele fez. e então, qual das pedras você atiraria?
fica difícil responder sem saber do que se trata, é bem verdade, mas infelizmente não posso contar o que sei. digo apenas que é algo tão feio, tão podre e desumano que você não quereria saber quem o cometeu.
eu sei os dois. quem fez e o que fez. mas sofre bem mais que eu ele, que sabe, além de si e de seus atos, de suas razões.
isso me basta para viver feliz.
Vitório Vilas
Tuesday, August 07, 2007
"essa noite não"
.
desde que vi o vermelho-baton dos seus grandes lábios carnudos não consigo parar de pensar em ti. é tão bom gosto que exala, a humi(l)dade tua, a carne nua. e a vida lá fore corre que só. e aí dentro do teu vestido, roupa de baixo sei que não há. e sei que é só pra me encantar. pra me deixar ver apenas o vermelho-baton dos teus lábios e mais nádegas. mas aqui, cá onde estou, não tem você, só tem teu cheiro cheiroso, tua lembrança formosa e tua voz ecoando. fico quieto, lembrando dos teus movimentos lisos, a textura da tua pele com frio ou calor; o gosto do teu suor e da tua saliva e do gosto dos teus grandes lábios carnudos. lembro da moldura dos teus seios que guardo na memória e apalpo no ar, desenhando com a palma das mãos e as pontas dos dedos os segredos deles que são só teus, tão teus. e nesse vai e vem de orgasmos imagéticos, durmo, enfim, esperançoso de que sonhe sobre ti.
Vitório Vilas
desde que vi o vermelho-baton dos seus grandes lábios carnudos não consigo parar de pensar em ti. é tão bom gosto que exala, a humi(l)dade tua, a carne nua. e a vida lá fore corre que só. e aí dentro do teu vestido, roupa de baixo sei que não há. e sei que é só pra me encantar. pra me deixar ver apenas o vermelho-baton dos teus lábios e mais nádegas. mas aqui, cá onde estou, não tem você, só tem teu cheiro cheiroso, tua lembrança formosa e tua voz ecoando. fico quieto, lembrando dos teus movimentos lisos, a textura da tua pele com frio ou calor; o gosto do teu suor e da tua saliva e do gosto dos teus grandes lábios carnudos. lembro da moldura dos teus seios que guardo na memória e apalpo no ar, desenhando com a palma das mãos e as pontas dos dedos os segredos deles que são só teus, tão teus. e nesse vai e vem de orgasmos imagéticos, durmo, enfim, esperançoso de que sonhe sobre ti.
Vitório Vilas
Thursday, August 02, 2007
piro
.
with gasoline on my shoulder, i walk over fire
and the entire world knows who i am
i'm the one made of nothing
i'm the one that lives nowhere
the thing you people call "dare"
i just don't exist
if you resist... if you refuse
just don't abuse, i'll find out
anyways... the days run fast
pretty fast...
with gasoline on my shoulder
i smoke my last cigarrete
people i've met can be seen
from the deepest inside part
of my head...
my mind burns
flames chemistry explains
in small parts of a second
i'll be simply remains...
with gasoline on my shoulder, i walk over fire...
over fire.
Vitório Vilas
with gasoline on my shoulder, i walk over fire
and the entire world knows who i am
i'm the one made of nothing
i'm the one that lives nowhere
the thing you people call "dare"
i just don't exist
if you resist... if you refuse
just don't abuse, i'll find out
anyways... the days run fast
pretty fast...
with gasoline on my shoulder
i smoke my last cigarrete
people i've met can be seen
from the deepest inside part
of my head...
my mind burns
flames chemistry explains
in small parts of a second
i'll be simply remains...
with gasoline on my shoulder, i walk over fire...
over fire.
Vitório Vilas
Tuesday, July 31, 2007
selecione "eu concordo" para continuar.
.
faz um favor pra mim aqui
pequeno, prometo. do tamanho de mim
em ti
me esquece.
me deleta de onde resido em ti
imagens, sons, movimentos.
shift del
sem chance de retorno.
se sentir saudade?
vontade de me executar?
download me. mas não me salva em ti.
nunca mais. apenas executa. clica "abrir"
nunca mais "salvar destino como"...
não me quero mais só teu
é isso. entendeu?
sou agora freeware.
free, ué.
Vitório Vilas
faz um favor pra mim aqui
pequeno, prometo. do tamanho de mim
em ti
me esquece.
me deleta de onde resido em ti
imagens, sons, movimentos.
shift del
sem chance de retorno.
se sentir saudade?
vontade de me executar?
download me. mas não me salva em ti.
nunca mais. apenas executa. clica "abrir"
nunca mais "salvar destino como"...
não me quero mais só teu
é isso. entendeu?
sou agora freeware.
free, ué.
Vitório Vilas
emeeseênicas
.
"beliscão..... ui.... isso eu estilo. ainda mais se for onde as cócegas nascem"
é? elas nascem, não sabia?
onde? em árvores, ué? tem gente que planta, tem gente que colhe
como tudo na vida. você sabe como funciona.
claro que não, foi uma piada
as cócegas nascem mesmo
é do nada.
ali, entre as costelas
bem entre elas. ou acima
e não há vacina
que as previna. nem adianta tentar...
ocorrem também no pé
no suvaco ou no pescoço
na virilha é que é
gostoso.... ou peri gozo
isso segundo uma amiga...
há também quem diga
que cócegas não sente
não sei se é insensível
ou se mente... quem souber
ria.
cócegas. dizem que podem matar
matar mesmo, de morte sem ar
asfixia, entende?
era o que minha mãe sempre dizia
ou seria outro parente?
"pára com isso que asfixia"
asfixia...
nunca tentei e óbvias são as razões
mas já chorei de tanto rir
e já morri de rir
não é igual a morrer morrer
nem tem a graça de rir por si só
mas é paradoxal
transcedental
é... chato pra caralho, isso sim.
dá vontade de mijar nas calças
vontade, claro, é modo de dizer
ou alguém aqui é bizarro o suficiente
pra mijar nas calças e depois sorrir
mostrando os dentes?
pff... cócegas. quem explica?
sorrir e chorar. sorrir e mijar.
sorrir sem vontade, por causa
de fricção.
cócegas... sementes que nascem
nas pontas dos dedos
nas cerdas das penas dos desenhos
nas linguas das moças avoroçadas
de onde brotam risadas
lágrimas
e mijadas.
cócegas... vai entender.
Vitório Vilas
"beliscão..... ui.... isso eu estilo. ainda mais se for onde as cócegas nascem"
é? elas nascem, não sabia?
onde? em árvores, ué? tem gente que planta, tem gente que colhe
como tudo na vida. você sabe como funciona.
claro que não, foi uma piada
as cócegas nascem mesmo
é do nada.
ali, entre as costelas
bem entre elas. ou acima
e não há vacina
que as previna. nem adianta tentar...
ocorrem também no pé
no suvaco ou no pescoço
na virilha é que é
gostoso.... ou peri gozo
isso segundo uma amiga...
há também quem diga
que cócegas não sente
não sei se é insensível
ou se mente... quem souber
ria.
cócegas. dizem que podem matar
matar mesmo, de morte sem ar
asfixia, entende?
era o que minha mãe sempre dizia
ou seria outro parente?
"pára com isso que asfixia"
asfixia...
nunca tentei e óbvias são as razões
mas já chorei de tanto rir
e já morri de rir
não é igual a morrer morrer
nem tem a graça de rir por si só
mas é paradoxal
transcedental
é... chato pra caralho, isso sim.
dá vontade de mijar nas calças
vontade, claro, é modo de dizer
ou alguém aqui é bizarro o suficiente
pra mijar nas calças e depois sorrir
mostrando os dentes?
pff... cócegas. quem explica?
sorrir e chorar. sorrir e mijar.
sorrir sem vontade, por causa
de fricção.
cócegas... sementes que nascem
nas pontas dos dedos
nas cerdas das penas dos desenhos
nas linguas das moças avoroçadas
de onde brotam risadas
lágrimas
e mijadas.
cócegas... vai entender.
Vitório Vilas
em família
.
se deu vontade de bater
se deu vontade de espancar
não bateu por que?
deu medo, foi? deu medo?
deu medo não, garoto
deu receio de machucar
a carne é a fraca e o osso
duro
e tu bem sabe, tu não é duro
na queda
mas é tão corajoso quanto burro
que grande merda é você
não tem coragem de bater
e brada esse seu velho
blah blah blah
pois bem, garoto
está você a me desafiar
até que enfim
percebeu...
quem mais avisou fui eu
mãos, braços
pernas e cascos
o chão é o palco
do circo sem graça
de uma briga entre irmãos
sem vencedores ou vencidos
foi só mais uma...
e logo mais, no jantar
faz favor, passa o pão
Vitório Vilas
se deu vontade de bater
se deu vontade de espancar
não bateu por que?
deu medo, foi? deu medo?
deu medo não, garoto
deu receio de machucar
a carne é a fraca e o osso
duro
e tu bem sabe, tu não é duro
na queda
mas é tão corajoso quanto burro
que grande merda é você
não tem coragem de bater
e brada esse seu velho
blah blah blah
pois bem, garoto
está você a me desafiar
até que enfim
percebeu...
quem mais avisou fui eu
mãos, braços
pernas e cascos
o chão é o palco
do circo sem graça
de uma briga entre irmãos
sem vencedores ou vencidos
foi só mais uma...
e logo mais, no jantar
faz favor, passa o pão
Vitório Vilas
Sunday, July 22, 2007
...
.
socorro. eu não sei mais escrever
não saberia sequer começar
o que nem sei o que quereria falar
esqueci mesmo.
da técnica, do jeito, do sotaque
dos assuntos que se falam
quando quer se falar
seja de pé em frente ao espelho
ou ao pé do ouvido
sempre em cima, em pleno desespero
sinta o que for sentido
esqueci. não lembro mais.
de como mexe a boca
de como enrola a lingua
de como os dentes cortam o vento
advindo direto da garganta
esqueci de como se faz vibrar
uma pá de cordas vocais
cheguei até a esquecer
que me havia uma boca...
foi aí que me toquei.
eu só me lembrava das palavras.
soltas ... todas soltas. assim ...
"..."
"soltas"
Vitório Vilas
socorro. eu não sei mais escrever
não saberia sequer começar
o que nem sei o que quereria falar
esqueci mesmo.
da técnica, do jeito, do sotaque
dos assuntos que se falam
quando quer se falar
seja de pé em frente ao espelho
ou ao pé do ouvido
sempre em cima, em pleno desespero
sinta o que for sentido
esqueci. não lembro mais.
de como mexe a boca
de como enrola a lingua
de como os dentes cortam o vento
advindo direto da garganta
esqueci de como se faz vibrar
uma pá de cordas vocais
cheguei até a esquecer
que me havia uma boca...
foi aí que me toquei.
eu só me lembrava das palavras.
soltas ... todas soltas. assim ...
"..."
"soltas"
Vitório Vilas
Monday, July 16, 2007
Thursday, July 05, 2007
estrelismo, dizem uns... eu? eu me calo.
.
pensa que eu não te vejo aí
a me ler?
eu vejo, sim... vejo sempre que você vem.
o que se passa, porém? não tenho mais te visto
com frequência
não te agrada mais a minha demência?
meus devaneios mais parecem esperneios
em busca de atenção?
vai dizer não mais crer
que escrevo em vão meu coração?
cansou-se de meu verbo
meus períodos compostos por orações sem sujeito?
ora essas, sou ateu. quem mais reza pra ninguém
sou eu.
e pra os meus trocadilhos, te falta tempo?
eu te vendo um pouco, que tal?
troco por visitas íntimas, envolvimento afetivo
com minhas palavras
meus adjetivos, todos teus... que tal?
transformo em começo, por você, meu ponto final
minhas reticências nunca o silêncio
não mais...
e se, por você, um cais?
um rapaz na volta pra casa
na rua escura e deserta... ao teu lado
nunca do oposto.
e se, por você, um rosto familiar
vago, porém familiar para olhos amnésicos...
e se, só por você
analgésicos em dias de sol, calor
e enxaqueca?
e se, somente por você, tudo?
que tal?
você volta amanhã?
Vitório Vilas
pensa que eu não te vejo aí
a me ler?
eu vejo, sim... vejo sempre que você vem.
o que se passa, porém? não tenho mais te visto
com frequência
não te agrada mais a minha demência?
meus devaneios mais parecem esperneios
em busca de atenção?
vai dizer não mais crer
que escrevo em vão meu coração?
cansou-se de meu verbo
meus períodos compostos por orações sem sujeito?
ora essas, sou ateu. quem mais reza pra ninguém
sou eu.
e pra os meus trocadilhos, te falta tempo?
eu te vendo um pouco, que tal?
troco por visitas íntimas, envolvimento afetivo
com minhas palavras
meus adjetivos, todos teus... que tal?
transformo em começo, por você, meu ponto final
minhas reticências nunca o silêncio
não mais...
e se, por você, um cais?
um rapaz na volta pra casa
na rua escura e deserta... ao teu lado
nunca do oposto.
e se, por você, um rosto familiar
vago, porém familiar para olhos amnésicos...
e se, só por você
analgésicos em dias de sol, calor
e enxaqueca?
e se, somente por você, tudo?
que tal?
você volta amanhã?
Vitório Vilas
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