Monday, August 28, 2006

O vinho açoita sem dó minha sobriedade
Enquanto caminho nu e só pela cidade
O vento castiga minha pele e juízo
Deveria eu ter lido o aviso?

O silêncio explode bem dentro de meu ouvido
O zunido que sopra me abraça... "Boa noite, querido"
Diz uma voz oriunda sei lá de onde
Deveria eu ter parado desde ontem?

Id diz: beba vinho
Super-ego diz: ...
Id nada escuta. É surdo o pobrezinho
Super-ego nada vê: Além de mudo, é cego

E o ego, cêntrico que só ele
Mata id e super-ego sem menção de lamento
Bebe vinho pois tem pra si que a vida é curta
Imagine então quão curto é o momento

Que acabara de ser e nunca mais o será
Sem botão ou função rebobinar
Cale-se agora e beba vinho... Beba vinho... Beba... Vinho...
Beba... Vinho... Beba... do... melhor. Vinho...


Por Vitório ...irc...burp... Vilas

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