Tuesday, December 05, 2006

Carta de um amigo para Vitório

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se meus versos tivessem o compromisso
de retratar o modorrendo luto
de uma terça-feira
dhuvosa e fria,
eu tenho lá minhas dúvidas
se mesmo assim os faria...
será que adiantar iria
falar em prosa
e escrever em poesia
se nas minhas palavras
não se visse alegria...

é verdade
chove muito lá fora!
não aqui; lá fora!
mas dentro de casa
o poeta chora...
e chora; e chora
e magoa a mente
lê Camões e fica descontente
escreve lamúrias
e amarga o coração da gente...

alegria, amigo; alegria!
sorria, sorria e curta o dia
e todos estão bem também
carpe diem...


Teobaldo Faruque

1 comment:

Anonymous said...

A fé é um sentimento covarde para com o mundo e para conosco. A fé te interdita a liberdade. Um homem sem fé é um homem de livre pensamento.

Alguém te ofende de forma torpe, então o pensamento te invade:
“Arrogante”. Logo você deseja a essa pessoa as coisas mais perversas, da forma mais funesta possível. A consciência toma conta te trazendo arrependimento e te obriga a desejar coisas boas para sentir-se mais evoluído ou de bem consigo. Por quê? Porque você acha que está sempre sob o olhar vigilante e julgador de Deus.

Isso faz algum sentido? Serei eu um cético vil?Estarei negando a obviedade? Renegando a Deus? Um copiador? Não sei! Apenas sei que vivo livre para pensar e desejar sem medo, a fim de tornar-me um “eu” genuíno; sem medo, sem julgamentos e culpas. A fé te acovarda a ser quem você é e lhe dá uma falsa impressão de felicidade. Ela te enjaula na cadeia das convenções. Liberte-se!

Prefiro viver atormentado, como ser humano medíocre que sou.

Demasiado humano.



Julio Lagedo