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sandálias de papel em dia de chuva
é o que você, confiante, agora calça
e ainda acha que nada te ameaça...
tente apenas ver em que direção
o vento forte insiste e agora sopra
e em que ponto a luz dobra...
e faz tudo em círculos girar
não há espaço pra você
não vê?
não vê.
que azar, são várias poças
e os pingos não findam
brindam e então caem
como as moças
não veja. não vê?
de que lado estou?
em baixo, bem rente
ao solado dos teus pés
pula, dá voadora
entra de sola com os dois pés
a chuva te aguarda, vai
pode confiar em mim.
vitório vilas
Friday, September 28, 2007
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